Certas noites
E se as noites escolhêssem nunca acabar?
A quem chamarias amor no amanhecer escuro dos teus sentimentos?
No dia em que o mar se tornásse doce
onde descansaria o sal que se habituou a, na tua pele morrer?
O reverso das minhas lágrimas não mentem
Nem o sorriso que cansado custa a surgir
me distrái de pensar em nós
O espelho de nós é apenas o reflexo de mim próprio mais completo.
Somos o mesmo mas misturados em partes desiguais
poucos entendem isso
E alguns nem acreditam
Calculo que dancem em ti todas as inseguranças próprias de quem
está longe
Mas descansa-as e escreve-as para mim.
Vive-as sem lhes dares importância suficiente
Pois elas são os teus demónios particulares
Vivem para serem abatidas.