E ela diz....
E ela diz que não dá...
Que não dá para ser assim, que não dá para ser este bruto mastim...
Mas eu não ligo e sou verdadeiro ao que sinto e não sinto
Uma besta abrutalhada e alcoolicamente certificada.
Mas ela diz que não dá, porque eu quero rebentar com o cão,
expulsar a minha solidão, cursar a raiva que vive neste coração
Todos são culpados menos eu, que sou o bandido que dispara tiros de fraca força
Esses são disparados desajeitadamente a alvos que não miro mas prefiro proteger do que atingir.
São balas ocas que doem tanto.
Sou tão bom a disparar assim.... nunca falho e nunca saio inteiro.
Inteiro, meio ou mesmo um buraco sem sentido, cansam-me todas estas definições.
São definições e indefinições que eu não reconheço, mas conheço, numa outra vida em que entendia
O que não sublinho, nem alinho.
Só o whisky não me mente, nem ela, para dizer a verdade, mas eu faço-me difícil e prefiro o primeiro
pois escorre melhor e faz-me engolir tudo o que não quero admitir.
É melhor apontar para outras galáxias sem vida
ou é apenas uma desculpa de quem tem má pontaria...
Ou talvez de quem não ouve todos aqueles que continuam com cantos antigos
"Amor porque estás a beber?, pára um pouco...."
Há sempre o outro lado do que está certo, mesmo não estando errado
É o que é.
Nada mais do que é e nada menos do que pode vir a ser...
E hoje em dia, sombra da noite que sonha em acordar....
Hoje em dia....quem de nós dois pensa em acordar todas as manhãs?
Que luxo....