The old Indian farewell
O velho guerreiro adormeceu, inebriado de um passado saudoso
e confuso pela saudade da doce calma da planície.
-"Tenho medo…"
-"Não tenhas… vou levar-te ao colo e fazer-te recordar um amor que há muito que não sabes o que é"
-"Mas ainda assim tenho medo…"
-"Não tenhas, sou o teu pai, já me chamaste Deus e já me culpaste de algumas coisas. Já me agradeceste por muitas e já me rezaste por outras tantas. Agora, ao meu colo, o medo já não faz parte de ti. Vamos. Temos uma eternidade para nos ocuparmos da felicidade. Chega de sofrimento."
E o velho guerreiro de constituição forte e olhar sereno e bondoso, foi levado a ver a unicidade de tudo e ainda teve tempo de soltar uma pequena lágrima por aqueles que cá deixava e pensou para si mesmo:
"Se eles ao menos soubessem o que sei agora… seriam bem mais pacíficos, como o sobreiro que cresce em direcção da luz e é maleável com os tempos."
Naquele colo sagrado, mais uma vez, o velho guerreiro adormeceu. Mas já sem medo, já sem dor. Um sorriso nascia daquela face e os seus olhos azuis, húmidos de felicidade, sonhavam antecipando todas as novidades que iria presenciar uma vez na casa de seu pai.
Let us Rest In Peace knowing you're way better now.