Live - On a wire
As fronteiras da segurança
que actuam como margens seguras
estão a desvanecer-se
E a ti eu não quero segurar-me.
Não vou fazer de ti uma vítima do passado que carrego.
Gosto-te demais para isso e sendo um tesouro só podes ser preservada.
Há milhares de coisas erradas no planeta neste preciso momento
mas eu só consigo pensar na minha culpa
que se eleva a todas as potências
do meu julgamento.
Hoje só queria beber até o gelo se cansar de mim
e o meu hálito se transformar num péssimo companheiro.
Quando o faço o esquecimento chega com pré-aviso.
Quando toda a fachada que acreditamos ser segurança
nos é cortada, tornamo-nos o limite de todas as
pequenas não-crenças que acreditamos ser.
E no avesso de tudo o que acredito está,
ao fundo da noite, num corpo caído,
dorido de dores subtis e incompreensíveis.
A felicidade é um título que não consigo comportar.
Todos os obstáculos, lúcidos ou não
interpõem-se entre mim e ela.
A maquiavélica amante chamada sofrimento,
utiliza todos os artifícios conhecidos
para me colocar de joelhos
Eu até já conheço a posição de submissão.
Fica entre um copo e um passo em falso no inebriante caminho do sono
E rio-me
e penso
"ainda não foi desta!"
Ela morde-se, e eu, com medo de a zangar
retiro-me a cantar
"If you're the queen of california, then I'm the king of the rain"